2023 The IBJJF Crown Presented by FloGrappling

Roosevelt Sousa aposta em leglocks e jogo mental para vencer o The Crown

Roosevelt Sousa aposta em leglocks e jogo mental para vencer o The Crown

Chave do GP de Pesadíssimos terá Roosevelt em possíveis colisões contra Erich Munis, João Gabriel Rocha e Victor Honório

Nov 9, 2023 by Carlos Arthur Jr.
Roosevelt Sousa aposta em leglocks e jogo mental para vencer o The Crown

Dentre as atrações do IBJJF The Crown, com cinco divisões de peso e atletas do mais alto calibre, é na categoria de pesadíssimos que temos uma verdadeira colisão de gigantes. Agendado para o dia 19 de novembro, em Long Beach-CA, o evento contará com quatro atletas em cada divisão, e Roosevelt Sousa figura no grupo que contém nomes ferrenhos como Erich Munis, Victor Honório e João Gabriel Rocha.

Para Roosevelt, atleta representante da Fight Sports, o convite para o GP do The Crown marca a sua chegada entre os maiores da divisão. Pronto para colidir contra as pedreiras do pesadíssimo, Roosevelt conversou com a Flograppling e comemorou sua caminhada até o convite da IBJJF, repleta de caminhos sinuosos.

Depois de se destacar como faixa-marrom no mundo do Jiu-Jitsu, Roosevelt sofreu com um descuido de seus advogados no processo migratório, ficando impossibilitado de entrar nos EUA por alguns anos. Resolvido o impasse, o atleta da Paraíba hoje mora em Miami, e entra em cada luta disposto a recuperar o tempo que ficou abaixo do radar, surgindo como um dos melhores e mais empolgantes atletas da sua divisão.

Confira nas linhas abaixo as impressões de Roosevelt para a estreia do The Crown, sua avaliação dos adversários e como seu jogo letal de chaves de pé e consistência mental podem alavancar o faixa-preta rumo à vitória.


FLOGRAPPLING: Como foi a sensação de ser escolhido para um torneio tão seleto como o The Crown?

ROOSEVELT SOUSA: Ser escolhido pela IBJJF entre os melhores em uma categoria duríssima como a dos pesadíssimos, sem dúvida foi algo que me deixou muito honrado. Todo mundo sonha em chegar entre os melhores, agora é minha vez.

Você vai encarar três adversários de alto calibre. O que você pode falar deles e como você acredita que o seu jogo pode te levar ao título contra oponentes tão duros?

A divisão de pesadíssimos é a mais interessante do evento. O Erick Muniz é um grande atleta que sabe lutar bem com as regras, muito difícil de ver ele errar. O Victor Honorio e o João Gabriel têm um jogo bem parecido, com variações de quedas e passagens muito perigosas. Respeito meus adversários e sei de suas qualidades, mas além do meu jogo forte, meu diferencial é na parte mental. Tenho certeza que minha vontade de vencer vai puxar o ritmo da luta até que eu saia com a vitória.

Você ficou um tempo sem entrar nos EUA. Você acha que isso atrapalhou sua exposição para o grande mercado do Jiu-Jitsu? O que você tem feito para correr atrás desse tempo perdido?

Me mantive treinando forte e lutando bastante. Morei em Abu Dhabi por quase dois anos e tive contato com meu mestre Iuri Alves, que mora lá. Temos competições de alto nível no mundo todo, mas os EUA é a grande potência nesse assunto e por isso que voltei a morar aqui. Tenho competido o máximo que posso para estar entre os melhores. Trabalhar bem nas redes sociais é fundamental para expor sua imagem ao mercado, grandes eventos não procuram só os campeões, mas atletas interessantes na imagem e personalidade.

Seu jogo sólido de ataques nas pernas e pés é um diferencial no seu estilo. Você buscou esta especialização?

Aprendi uma chave de pé reta ainda como faixa-branca e fui lutar o Brasileiro de Jiu-Jitsu. Finalizei a luta da medalha de ouro com essa posição e vi que levava jeito para a coisa. Continuei praticando e aprendendo novos detalhes com pessoas diferentes, até criar meu próprio ajuste. 

Na sua opinião, agora vivendo nos EUA, qual a diferença do jogo brasileiro nos ataques de perna para o jogo dos americanos?

Aqui nos EUA o No-gi é bem maior que o Jiu-Jitsu de kimono, os atletas são muito bons em pé com o wrestling, e na guarda usando os ataques de perna. A principal diferença entre os americanos e nós brasileiros é que eles têm uma cultura de estudar muito Jiu-Jitsu, comprar cursos on-line e se especializar. Já os brasileiros, por terem facilidade com as mecânicas da luta, fazem as posições funcionarem no instinto. O problema é que, enquanto um bom atleta trabalha com cinco ou seis variações de chave de pé, eles já estão fazendo umas vinte.


IBJJF's The Crown: Presented by FloGrappling


Walters Pyramid, Long Beach-CA

Domingo, 19 de novembro de 2023

Masculino

Peso-Pena - 70kg

  • Isaac Doederlein
  • Samuel Nagai
  • Fabricio Andrey
  • Diego "Pato" Oliveira

Peso Médio - 82.30kg

  • Tainan Dalpra
  • Andy Murasaki
  • Mauricio Oliveira
  • Pedro Maia

Peso Pesado - 94.30kg

  • Gustavo Batista
  • Fellipe Andrew
  • Uanderson Ferreira
  • Francisco Lo

Peso Pesadíssimo - Sem limite de peso

  • Erich Munis
  • Roosevelt Sousa
  • João Gabriel Rocha
  • Victor Honorio

Feminino

Peso Leve - 64 kg

  • Luiza Monteiro
  • Nathalie Ribeiro
  • Brianna Ste-Marie
  • Janaina Lebre

Peso Superpesado - Sem limite de peso

  • Gabrielle Pessanha
  • Tayane Porfirio
  • Amy Campo
  • Melissa Stricker